
Não sei bem o que sinto
Mas algo dói cá dentro
Estremece o meu corpo
Tenho frio, fome
E esta dor que me consome
Que vazio súbito este
Que perda, que lágrima
Fiquei tão perdida sem ti!
Como fui capaz de pensar
que ficarias para sempre do meu lado?
Ingénua loucura
A minha sombra partiu
O meu anjo da guarda voou
Fiquei só!
Tão só!
Que perplexidade
Que silêncio
Ainda não percebi bem como ou quando
Mas partiste ...
Perdi-te; a certeza é simples e letal e definitiva. Aceitá-la será uma tarefa árdua, talvez impossível, talvez inatingível, mas é a realidade e não posso fugir dela para sempre, por mais que tente ignorar o facto de já não estares aqui ou tentar criar na minha cabeça a ilusão de que ainda és meu.
Perdi-te, tenho de ser honesta, com o mundo, com a realidade, comigo própria. Perdi-te, quem sabe entre os beijos furtivos e os olhares apaixonados. Perdi-te, como uma criança que deixa o fio que prende o balão escapar. Perdi-te, e a sensação de vazio e medo que me assombra é algo que não pensava ser possível sentir. Sempre gostei de me considerar uma pessoa forte, a coragem sempre caminhou ao meu lado em todos os aspectos da vida; contudo agora, sem os teus braços à minha volta, sinto-me desprotegida e fraca e vulnerável.
Perdi-te. Tenho que encarar isso honrada e corajosamente. Soltei a tua mão por breves instantes e o vento levou-te para longe.
Perdi-te, já lá vai algum tempo, mas só agora tomo consciência disso. Durante todo o tempo em que estivemos separados a distância não foi dolorosa. Guardava a secreta esperança de que havias de voltar, mais cedo ou mais tarde, havia de te voltar a ver entrar pela porta novamente. Eras meu, tomava-te por certo, mesmo depois de partires. Afinal, eu julgava (e talvez ainda julgue, confesso) que entre nós havia uma ligação, que era o destino que nos mantinha juntos, e contra o destino a força humana é inútil, e o destino havia de te trazer de volta para mim.
Mas só agora, só agora que te vejo com outra mulher, agora que reconheço nos teus olhos o brilho de uma nova paixão, só agora dou conta que te perdi mesmo. Olho para ti e percebo que já não me pertences, sob forma alguma, e que talvez o destino se tenha alterado. Aquilo que sentes parece verdadeiro, tão verdadeiro que não consigo sentir-me invejosa, trocada, substituída, como seria suposto sentir. Estranhamente, sinto que estás no local certo, que encontraste finalmente a tua prateleira, o teu porto de abrigo. Eu não fui capaz de te acolher da tempestade…Talvez ela seja.
E é por isso que sei, sei que te perdi. Aquilo que fomos não voltaremos a ser e aquilo que sentias desvaneceu-se na linha do horizonte com o amanhecer.
Volto para o quarto gelado onde o sol teima em entrar, e fecho a janela para que a luz não me atormente. Não, hoje vou chorar… até que a tua ausência se torne mais fácil de suportar.
AD
Não encontrei palavras minhas que falassem desta tao dolorosa despedida, procurei e axei estes dois textos, nao dizem tudo, mas dizem o suficiente.
Desejo-te toda a felicidade do mundo, pois tu mais do que ninguem mereçes ser feliz.
Adeus meu menino, obrigada por tudo o que me deste neste tempo juntos, contigo aprendi e conheçi o verdadeiro amor, contigo sorri, lutei, fui feliz como nunca antes o fui, contigo senti-me uma mulher de verdade. Perdoa-me por tudo o que te fiz sofrer e o quanto te magoei mesmo sem intençao. Perdoa-me nao ter sido para ti o que precisavas e mereçias. Com tudo isso perdi-te. Como o teu filho diz doi ver-te sofrer por amor ou melhor pela imaturidade de alguem.
Adeus, o meu amor terás sempre pois sei que outro eu nao quero
Despeço-me de ti , e da vida, e so peço que os dias de sol cinzentos me ajudem a deixar passar os dias sem ti, sem os teus beijos, carinhos, sorriso, tuas palavras doces.............
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