sexta-feira, 12 de setembro de 2008


Pressinto o fim do tempo de mim, em ti.
Pressinto um acto de resignação, contraditório ao meu ser, num esvair das forças que a alma comporta.
Cedo-me, entre o dia e a noite, à igual diferença que os dias vão tomando.
Pressinto o esvaecer do todo e do tanto que em ti ainda possa existir, de mim.
Na delonga dos gestos, nos silêncios das palavras, na carência da percepção da minha ausência, da escassez do meu sorriso.
Regresso ao meu mundo, na cadência que o esvanecer dos teus sentires me inflige, contigo em mim, ocupando todos os meus espaços.
E vou-me fechando ao ritmo dos ponteiros do relógio desse tempo que pressinto.
azul

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